domingo, 18 de dezembro de 2011

ÚLTIMO COMBOIO DOS EUA DEIXA O IRAQUE

VEJA IMAGENS DA RETIRADA DAS TROPAS NORTE-AMERICANAS NO IRAQUE
Transferência de última base militar encerra presença dos EUA no Iraque
Após saída de tropas dos EUA, Otan
também encerra missão no Iraque






O último comboio com tropas dos Estados Unidos deixou o Iraque na manhã deste domingo (18), quase nove anos depois de invadir o país asiático para depor o ditador Saddam Hussein.

Cerca de 500 soldados e 110 veículos blindados cruzaram a fronteira com o Kuwait – país pelo qual as tropas norte-americanas entraram no Iraque, em 2003 – às 2h30 (horário de Brasília), segundo o comando norte-americano.


Restarão ainda 157 soldados norte-americanos no Iraque, que deverão treinar as forças iraquianas e proteger a Embaixada dos EUA na capital Bagdá. Nos últimos dias, as tropas comandadas pelo general Lloyd Austin entregaram os últimos prisioneiros às autoridades iraquianas.
Soldado inspeciona tanque antes de comboio se retirar do território iraquiano. (Foto: Martin Bureau / AFP Photo)Soldado inspeciona tanque antes de comboio se retirar do Iraque.



Na sexta-feira (16), as forças nacionais assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.

Atrás de Saddam
Um ano após os atentados às Torres Gêmeas em Nova York, o presidente norte-americano à época, George W. Bush, anunciou a necessidade de defesa dos Estados Unidos e do mundo de nações como o Iraque durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Para justificar as futuras ações militares, Bush afirmou que o país asiático possuía armas de destruição em massa, assim como outros classificados pelo líder norte-americano como o “Eixo do Mal”.

Sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU, um ano mais tarde, em 20 de março de 2003, tropas norte-americanas e britânicas entraram no Iraque, entrando pela fronteira do país com o Kuwait – nação invadida pelo exército de Saddam Hussein no início da década de 1990.
Soldados comemoram saída do exército dos EUA do Iraque.

O objetivo inicial das operações militares era procurar pelo ditador iraquiano, feito obtido somente em dezembro de 2003. Saddam foi encontrado perto da cidade de Tirkit, julgado e condenado à morte por uma corte de Bagdá em novembro de 2006. A pena por forca foi executada no final daquele ano, sendo que até um vídeo filmado por celular vazou na internet.
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Novos atentados na Europa
Mesmo após o início das atividades militares no Iraque, o mundo ainda testemunharia dois grandes atentados, ambos assumidos por células da Al-Qaeda. O primeiro ocorreu no início da manhã de 11 de março de 2004, quando dez bombas foram detonadas em quatro trens de Madri e em outras partes da capital espanhola. O ataque matou 191 pessoas e deixou 2 mil feridos.

Já o segundo aconteceu em Londres, na Inglaterra, quando quatro atentados suicidas deixaram pelo menos 52 mortos e mais de 700 feridos em três linhas de metrô e em um ônibus da cidade em 7 de julho de 2005. No fim daquele mês, no dia 21, outros quatro novos ataques fracassaram.
Comboio chega ao acampamento Virginia, no Kuwait. (Foto: Gustavo Ferrari / AP Photo)Comboio chega ao acampamento Virginia, no Kuwait.

Dificuldades em Bagdá
Também não foi tranquila a estadia dos norte-americanos no Iraque, onde ocorreram atentados a prédios das Nações Unidas em Bagdá. O principal desses ataques aconteceu em agosto de 2003, quando morreu o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Rumo à retirada
Em 2005, uma nova Constituição foi aprovada em referendo e os iraquianos puderam votar em partidos pela primeira vez em mais de 50 anos. Até março de 2010, foram duas eleições parlamentares e ainda há impasse para a formação de um governo de coalizão.

Há três anos, um pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá foi a forma de oficializar a retirada das tropas norte-americanas do Iraque, que estava prevista para o final de 2011. Especialistas temem pela segurança da nação asiática com a retirada do exército norte-americano.

Saldo da guerra
Considerando óbitos até o dia 1º de dezembro de 2011, o número de mortes de civis por ataques suicidas, bombas, execuções e trocas de tiros no Iraque era estimado entre 104 mil e 113 mil, segundo a ONG Iraq Body Count. Entre os militares, foram cerca de 5 mil mortes.
FONTE:g1.com.br

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